sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Mais um ponto pra marombagem


Sempre desconfiei, mas aí vai uma avaliação mais profissional...
Por Ricardo Fonseca
CREF 047643-G/SP

Eficiência da Musculação no tratamento de Hérnia de Disco

Vários estudiosos consideram a hérnia de disco um distúrbio de pessoas sedentárias. Eles partem do pressuposto que a inatividade física estaria relacionada direta ou indiretamente com dores na coluna; a maior parte da atenção dirige-se a considerá-la um subproduto da combinação da falta de aptidão músculo-esquelética e uma ocupação diária que força a região acometida. 

Outros fatores podem conduzir a uma hérnia de disco, como: traumas, infecções, malformações congênitas, doenças inflamatórias e metabólicas, neoplasias, distúrbios circulatórios, fatores tóxicos, fatores mecânicos e psicossomáticos.

Décadas atrás devido a um consenso fundado em crenças de que os exercícios poderiam causar estresse e esforço indevido na região lesada e, assim, intensificar a inflamação, um número considerável de pesquisadores acreditava que a musculação seria um recurso inapropriado para o tratamento de pacientes com hérnia de disco. Graças às novas pesquisas científicas, já se encontra bem estabelecido o tratamento da dor decorrente da hérnia de disco. 

Trata-se de um programa de reabilitação que inclui exercícios resistidos (musculação). Os resultados têm sido positivos.
Pesquisas em pacientes conseguiram comprovar diminuição da dor, restauração da flexibilidade e restabelecimento do equilíbrio entre a força e o comprimento dos músculos ao redor da articulação. Exercícios terapêuticos, como o treinamento de força da musculatura da coluna, têm produzido resultados importantes pois o retorno da capacidade funcional torna-se mais rápida. 

Quando uma pessoa descobre que está com hérnia de disco ela passa a ficar inativa para se recuperar. Embora haja redução da dor, o “ficar” parado leva ao descondicionamento físico, perda de minerais, transtornos psicológicos e perda da motivação. 

O objetivo do tratamento com musculação consiste em restabelecer a estabilidade da coluna vertebral comprometida com a ruptura da estrutura discal, não bastando minimizar a dor, mas sim restabelecer o equilíbrio da unidade funcional. 

Os exercícios de fortalecimento da musculatura, minimizam a dor, previnem protrusões futuras do disco, melhoram a nutrição do disco intervertebral, aumentam a difusão passiva de oxigênio e diminuem a concentração de hidrogênio. 

Quando o paciente minimiza seu quadro clínico de dor, por meio do treinamento com exercícios resistidos, se beneficia por não correr os riscos pertinentes de uma cirurgia, não só trata o disco enfermo, mas também aprimora as duas principais aptidões físicas relacionadas à boa execução das tarefas da vida diária: a flexibilidade e força. A melhora da condição cardiorrespiratória e o abrandamento de recidivas são outros fatores positivos quando se utiliza a musculação como um dos pilares no tratamento desses pacientes.

Os exercícios resistidos são efetivos para o tratamento da hérnia de disco e benéficos quando se fala em retorno natural ao cotidiano da vida, incluindo o trabalho. Devido ao treinamento terapêutico com pesos, o paciente necessita de pouco repouso, adquirindo maior qualidade de vida.





sábado, 23 de outubro de 2010

A (i)lógica bizarra das crendices

Um amigo meu espírita (sim eu gosto de algumas dessas criaturas cheias de crendices) passou por aqui numa sexta-feira na hora do almoço.
Recém desempregado, resolveu visitar seu amigo desocupado ("desempresário" de nascença).

De cara eu já lhe disse que o ócio lhe fez bem e seu bom humor é notório.

Divagamos muito sobre trabalho, vida, tempo, mudança de paradigmas e por aí vai. Coisas que somente quem tem tempo pode fazer.

Sabe-se lá porque caímos no tema suícidio, em que ele me explicou (se é que isso pode-se chamar de explicação) que para os espíritas quando a pessoa se suicida, sua alma vai para não sei aonde (tipo um purgatório ou coisa parecida - me esqueci o nome e nem vou me dar ao trabalho de pesquisar esse tipo de assunto patético).

Perguntei a ele se alguém que fosse um alcoólatra contumaz podia ser considerado um suícida. Ele me disse que vários autores, médiuns ou seja lá o que for acham que sim.
Me disse que vários hábitos conscientes ou não que provocam a morte prematura (veja só) condenariam a alma a essa passagem.

Aproveitei para perguntar se um sujeito que trabalhasse ardualmente como se fosse um faraó (negando a morte, perdendo tempo precioso, diminuindo sua expectativa de vida e provavelmente querendo se enterrar com suas "conquistas") também poderia ser enquadrado nessa categoria.

Bom, como a lógica era inquestionável, foi forçado a concordar.

Acho que estou catequizando mais uma "alma" para adoradores do ócio e portanto, da vida.
E obviamente, o purgatório, ou seja lá o que for, deve estar sem vagas.



sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Lennon

Há uns 2 dias Lady Gaga disse temer morrer como John Lennon.
Patético, alguém só a mataria se tivesse um ataque de bom gosto.

O assassinato de Lennon há 30 anos me faz lembrar do tratado sobre caráter de Wilhelm Reich, principalmente em seu "O assassinato de Cristo".
Mas Lennon também me remeteu a uma música sua que coincide com certos momentos que passei e estou passando.

Quebrar os paradigmas e se arremessar fora do establishment é audacioso, e apesar de gerar algumas doses de culpa e angústia, abre universos inexplorados, mas é certo que é muito mais incômodo e perturbador para os que nos cercam e que são imersos nessa ideologia do trabalho e acúmulo.

Essa música foi escrita quando Lennon largou a carreira no auge e disse que não queria mais fazer nada além de ficar em casa pelado e curtindo o filho.

Esse tipo de ação inofensiva mexe muito com essa sociedade, e em muitos casos deseja-se extirpá-la ("O assassinato de Cristo" - Wilhelm Reich), onde "assassinar/extirpar" pode ser um ato figurado de multiplas faces ou até mesmo ser a eliminação física própriamente dita.

Quando perguntaram a Mark Chapman porque matara Lennon, os motivos foram bastante confusos.

Tradução meia-boca da internet:

Watching The Wheels


As pessoas dizem que eu sou louco por fazer o que faço
Bem, eles me dão todos os tipos de conselhos para me salvar do fracasso
Quando eu digo que eu estou o.k, bem, eles olham para mim de um jeito estranho
Com certeza você não está feliz agora que você já não joga (mais) o jogo
As pessoas dizem que eu sou preguiçoso fazendo de minha vida apenas sonhos
Bem eles me dão todos os tipos de conselho feitos para me iluminar
Quando eu lhes falo que eu estou bem assistindo sombras na parede
Você não sente falta do menino daquele tempo grandioso, que você não é mais?

Eu estou apenas sentado aqui olhando o movimento
Eu realmente adoro ver o movimento
Já não monto no carrossel
Eu apenas tive que deixar rolar

Ah, as pessoas fazem perguntas, perdidas em confusão
Bem, eu lhes digo que não há problemas, só soluções,
Bem, eles balançam suas cabeças e me olham como se eu tivesse perdido a razão
Eu lhes digo que não há nenhuma pressa
Estou apenas sentado aqui "fazendo hora"

Estou apenas sentado aqui olhando o movimento
Eu realmente adoro ver o movimento
Já não monto no carrossel, apenas tive que deixar ir
Eu apenas tive que deixar rolar
Eu apenas tive que deixar rolar
Eu apenas tive que deixar rolar


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Um ofício na informática lascada

Recentemente me encontrei com um jovem amigo - nunca pensei que alguém nascido no fim da década de 80 falasse - que me perguntou intrigado e espantado se de fato eu largaria a informática.
Seu espanto para mim não é novidade.
Até os desconhecidos ficam desconcertados com alguém que não quer mais trilhar a rota da "área nobre do mundo".

Mais espantados ainda ficam quando sabem que eu recebo bem pelo pouco que faço e "manjo pra cacete" - opinião de terceiros, não a minha.

Qualquer um que gosta de criar, divagar e ter um trabalho construtivo muito mais do que lucrativo vai entender.

Desde o início do século (fica bem dramático não?!), desenvolver software não tem a mesma graça e virou linha de produção.

Meu primeiro computador (com 11 anos), foi montado (montado mesmo! soldando componentes, construindo gabinete e adaptando a TV P&B da mãe) a partir de um kit da revista Nova Eletrônica (NE nº  56 de 1981 que ainda tenho!).


Tinha os íncriveis 8Kbytes de memória e um super gravador cassete pra armazenar os programas, sem falar nos excelentes 64 x 44 pontos de modo gráfico!




Software nunca existiu sozinho, era coisa de "eletrônico maluco", e sinceramente, foi graças a essa mediocridade maníaca da especialização é que virou uma "carreira".

Os bons desenvolvedores eram bem malucos, meio hippies e nada tinham de nerds ou geeks.
Nerds são os novos CDF's, e de inteligência aí não existe nada, exceto o bom desempenho burocrático acadêmico.
Geeks são apenas mauricinhos consumistas.

Para se ter uma idéia, um dos editores da NE foi o grande Cláudio César Dias Baptista, um dos criadores dos Mutantes, aliás, foi dele o fantástico "Curso de Áudio" publicado na mesma revista.

Criar qualquer coisa complexa em assembler era uma tarefa bem doida e muito divertida.
Cada um fazia de um jeito e depois confrontavam-se as soluções pra ver de que maneira mais criativa alguém havia chegado lá.

Jogos com o Z80 era um desafio (citei o "Combate Aéreo" num post antigo)!
Fazer as "fantásticas" naves (de quadradinhos) dispararem ("-") contra mísseis ("A") ou antingir os possos de petróleo ("$") no solo com as bombas ("*") era uma viagem!


O Basic veio pra dar uma ajuda.
Como qualquer outra linguagem de alto nível facilitava algumas partes, mas criar algo era sempre lúdico e desafiador.

Depois vinha a parte da eletrônica.
Adaptar um circuito qualquer para acender uma lâmpada ou programar a batedeira da mãe pra ligar e desligar num determinado horário.

PLC, iHouse, casa inteligente...você acha isso novidade?! Bullshit!

E por favor, não me venha dizer que aquele seu filho, primo ou seja lá o que for "entende tudo disso" porque baixa e instala/desinstala isso ou aquilo ou troca as "pRaca"...  qualquer símio bem treinado faz essas coisas.

Mas enfim, a produtividade e a lucratividade atropelaram a criação e a diversão.

Agora eu quero outro ofício.




segunda-feira, 4 de outubro de 2010

De novo não

Terei que ir votar de novo... uma chateação.
Minha total desmotivação política começou já faz alguns anos. Insultem-me do que quiser.
Bons tempos os de manifestações de "Primeiro de Maio" e das "Diretas Já"...

Na previsível eleição do Tiririca, o pior foi ouvir os comentaristas políticos dizendo que isso era uma expressão de protesto.
Patético superdimensionamento da inteligência popular.

Mas para minha satisfação, nos estágios iniciais do pré-eleitoral, no período durante a votação e praticamente nas 24 horas posteriores, o Nickelodeon nos presenteou com a fantástica "48 horas de Bob Esponja".

Thank's Bob!


sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Hoje é sexta! Eu posso!

Mocréia está na moda.
Não tem jeito, elas estão dominando o mundo!
Claro que podemos discutir cientificamente sobre a diferença de baranga e mocréia, mas tenho cá minhas dúvidas se há diferença.

Vou me dar o direito de exercer meu chauvinismo... só um pouquinho vai!?

Olha isso!


Angela Bismarck
Mulher Pera
Geise Arruda
Mulher Melancia



Larissa Riquelme


Se for eu continuar...
Vou pular pra categoria daquelas que a gente comia por que tomou um banho de loja, mas que são sem graça pacas.

 Juliana Paes
 Angélica
Cléo Pires

Dessas a televisão e o Photoshop estão cheios...

Também aproveitei pra perguntar pra uns amigos se era só eu que não gostava, mas eles também acham que não é lá essas coisas e daí sai a líder da categoria:

Gisele Bündchen 
A belas no contexto geral não podiam faltar, mas a foto da patroa eu não posso colocar porque ela não deixa :o). 
Olha que imagem.
E nem precisa de melão de silicone, botóx e "lábios de boquete".

Olivia Wilde (a Treze do House)
E um grupo de quarentonas que arrebenta!

Tery Hatcher (vishi, pra essa eu cozinho, lavo e passo!), Eva Longoria, Felicity Huffman, Marcia Cross e Nicollete Sheridan.

A pedidos, uma brasileira na lista (e tem muitas!).

Milena Toscano


Realmente futuro é uma ilusão

Temos eleição domingo.

Qualquer paralelismo entre o possível estouro nas urnas do Tiririca e "Nosso Lar" ser o mais caro filme nacional não é mera conincidência.