terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Born to lose, lived to win

R.I.P.

Lemmy


Sem palavras.
Hoje é dia de encher a cara e arrebentar as caixas de som com Motorhead no talo!




http://whiplash.net/materias/news_796/235906-motorhead.html


Atualização com os momentos mais emocionantes de seu funeral. Não é pra qualquer um...
http://whiplash.net/materias/news_795/236490-motorhead.html

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

BuNdismo

Há poucos dias concluí o curso 'Gestão de Ecovilas', do Gabriel Siqueira.
Dado o assunto, evidentemente seria impossível um curso convencional, já que há enorme subjetividade no assunto, porém não tão grande como os "Múcios" alardeiam...


A troca de experiências dos participantes, os relatos e as bibliografias relatadas pelo organizador foram bastante proveitosos, mas (shi, o 'mas') nesse meio (não exclusivamente) sempre lembro do personagem citado há pouco, o Múcio.

Múcio era um personagem do Jô Soares no programa 'Viva o Gordo' que nunca discordava de ninguém e ficava sempre escorregando quando era questionado.

As práticas orientais como o budismo e a tal da comunicação não violenta para grupos que não são simpáticos ao embate intelectual sadio reforçaram essa coisa de que se deve evitar dar sua opinião pessoal sobre algo em que você se comprometeria perante ao grupo.

É um tal de "amo a todos" e "tolero tudo" que enche o saco e nada constrói.
O próprio conceito de tolerar já impede o 'tudo', porque tolerar, por definição, significa uma faixa, uma pequena abertura e não qualquer coisa. Por exemplo: hoje está 25 graus Celsius +/- 10%, ou seja, a medida com a tolerância está entre 22,5 a 27,5 graus.

O próprio organizador escreve que organizações religiosas não se enquadram no conceito original das ecovilas e quando uma participante afirma que seu grupo é dogmático/religioso toda forma de "Mucismos" são utilizados para se desviar de emitir uma opinião.

Há uma noção completamente equivocada de que emitindo uma opinião a respeito do assunto em pauta no grupo ou que indiretamente afeta o mesmo seja uma forma "violenta" de comunicação e provoca um medo de que alguém que discorde dessa posição antipatize com o opinador.

Quem opina deve ter ciência que deve sustentar adequadamente (de modo respeitoso e respaldado) sua opinião e, acima de tudo, que pode estar equivocado.
Quem ouve uma opinião divergente por direito pode discordar e colocar sua contraposição (também de modo respeitoso e respaldado e com ciência que pode estar equivocado) e assim iniciar um debate sadio e construtivo se esse for o caso.
Quem apenas tem fé (por definição algo que não necessita de justificativa concreta ou plausibilidade) deve ficar de boca fechada, afinal, o indiscutível é apenas uma cristalização que não promove nada.
 
É bizarro querer criar um "novo mundo" com um zen buNdismo tosco e hipócrita, mesmo porque devemos ter ciência que o budismo surgiu na Índia e depois foi para o Japão, China e outros países asiáticos, com o pretexto explícito de apaziguamento e controle populacional (como toda religião), além de também ter sido responsável por atrocidades e demais atitudes não éticas.

É o embate sadio de ideias que promove a melhora e não a hipocrisia e o silêncio travestidos de tolerância.

Quando questionei (isso não significa dizer que ele estava errado, é apenas um querer saber os motivos concretos de determinada opinião) um desse caras metidos a 'yoguis' sobre sua visão de alma, ele já anunciou ao grupo que "sempre sabia quando alguém com energias negativas vinha desestabilizar o grupo".

Isso só me lembrou os eletróns com sua carga negativa e todo o mundo que ele nos proporcionou (para o bem ou para o mal, moralidades à parte) e a fragilidade intelectual do sujeito que apenas justificou sua posição com uma agressão (sim, foi uma agressão) e uma afirmativa completamente esquizofrênica.

Imaginem a Grécia antiga com essa neo visão tosca de "não violência" e "tolerância"?!
Simplesmente não existiria filosofia!  
E a história não documenta casos de filósofos que saiam no tapa a cada discórdia...