Sou um velho headbanger, mas nem por isso deixo de gostar (e seria absurdo) de outras grandes vertentes da música personificados pelos seus maiores expoentes.
Faz um tempo que acompanho a trajetória rumo ao esquecimento do Belchior. Os rumores, as lendas, os julgamentos recheados de moralismo e lugar comum.
A simplificação dos boçais resume tudo a dinheiro e o quanto se ama o que faz, como se houvesse uma maneira de viver, um ou outro interesse patético e alguém se resumisse a sua profissão.
É o sumiço estratégico. De autopreservação. Até mesmo, porque não, da preservação dos bons conhecidos congelados num momento histórico, pois nada melhor para não se decepcionar e perder um bom amigo do que não descobrir que ele virou um boçal como todos os que você odeia... a unanimidade de Nelson Rodrigues.
Nietzsche, Schopenhauer, Heidegger, Sócrates e outras tantas trajetórias brilhantes rumaram ao auto-exílio... totalmente compreensível.
Quando se alia informação, inteligência e sensibilidade a angústia crônica é inevitável.
Eu não sou tão bom em nada, mas sou também apenas um rapaz latino americano.