terça-feira, 24 de agosto de 2010

"Um ponto de partida pra subir na vida..." - Premê

Estou de mudança marcada pra zarpar dessa cidade doente.
Um grande amigo com data marcada pra voltar.

Ambos temos a mesma idéia desta metrópole (São Paulo), mas ele, ao contrário de mim, não conseguiu convencer os pais a saírem daqui e, como deseja dar suporte aos mesmos, voltará à região.

Por coincidência, significativa ou não, vi um episódio de "Anthony Bourdain Sem Reservas" em São Paulo. Pra quem não conhece, Tony Bourdain é um chef francês radicado nos EUA, cínico, cáustico e de hábitos nada saudáveis, enfim, um cara bem legal (rs).

Tony: "Quando fui chegando em São Paulo achei a cidade horrível. Depois que cheguei confirmei minha impressão. A Nova York dos trópicos. Parece que Los Angeles vomitou em Nova York."

Claro que ele se encantou com algumas coisas, como qualquer um que vá a uma grande metrópole, mas a impressão geral me pareceu bastante ruim.
Como ele gosta sempre de visitar os locais mais "nativos", Mercado Municipal e uns botecos sujos foi o básico, e restaurante "chique" foi apenas para conhecer os nossos chefs nordestinos, os quais elogiou muito e disse que sempre confirma que os grandes cozinheiros sempre vieram de locais humildes pois aprendem desde cedo a aproveitar qualquer tipo de comida.

Conheci esse meu amigo (de volta a ele — meus saltos quânticos de pensamento não são adequados a uma forma de comunicação tão linear e plana como a escrita) no IFUSP, mas estudamos juntos na ETI Lauro Gomes, no ABC paulista, local de muitas saudades, onde ficamos por três anos, das 8 às 18 horas na batalha pra conseguir os almejados 61 pontos de 100 necessários para aprovação (sim, a escola era estadual e era excelente).

Nessa época não tivemos contato, pois ele repetiu o primeiro ano. Por ironia (e vocês entenderão o porquê), por causa da Física.

PhD em Física de materiais, com parte do mestrado no Canadá e "pós-doc" no Japão, me presenteou com uma das impressões de sua tese de mestrado e uma do doutorado, o que "só" isso já justificaria minha gratidão.
Mas nos agradecimentos consta o meu nome, o que mais ainda me encheu de orgulho.

Até hoje guardo com muito carinho, felicidade e um orgulho de irmão a ambas.

O que isso tudo tem a ver com São Paulo? Bem, espero alinhavar um pouco melhor...

Se estes presentes viessem de outra pessoa, possivelmente não teriam o mesmo valor.
Meu brother sempre teve uma vida tranqüila de classe média, mas nunca deu a mínima pra esses valores. De fato e sem discursos vazios.

Estava sempre com suas camisetas de "político zoadas" e cabelo que ele mesmo corta. Nunca teve anseios de consumo e nem almejava essas medíocres carreiras corporativas.
Dentre todas as suas viagens, uma das que mais gostou foi a do Tibet, onde me disse que se sentiu muito bem acolhido e em paz, apesar da "pobreza" da região.

Casou em cerimônia shintoísta no Japão, com uma japa que importou pra cá (e ele é um paulista/'santo andréense' filho de nordestino).

Ele é uma das raras pessoas surpreendentes num mar de boçalidades desta metrópole que representa tudo o que há de mais convencional, medíocre e doentio desta nossa civilização judaico-cristã-ocidental (como diz — e não há nada de cômico nisso — o Osama do Casseta & Planeta).

Esse tipo de pessoa não merece uma vida insalubre num local fétido, feio e de más companhias.

Ficamos uns bons anos presos aqui. 
Como reféns desse medo de achar que as supostas "oportunidades" só estão aqui.
Iludidos também pelas quinquilharias que se pode obter às custas de muita vida jogada fora.

Meu brother, minha casa estará sempre de portas abertas pra você, a "nipopatroinha" e o mesticinho gaúcho (que, com certeza, será um grande sujeito! hehehe — não é só coincidência ele ter sido registrado no mesmo cartório de PoA que o Coisa).

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Inquisição

Mais uma vez fui interrogado por não ter filhos.
Sim, interrogado. É praticamente uma inquisição.

De cara isso me leva a crer que o único motivo real para essas pessoas terem filhos é "porque todo mundo tem". Por inércia mesmo.

Posso dividir meus inquisitores em dois grandes grupos: os que insistem em "por que?" e os que supostamente são mais discretos e guardam o "psicologismo de botequim" para si.

Os primeiros são cômicos!
A grande pergunta não é porque eu não quero ter filhos mas sim porque eles querem.
A alegação "gostar de criança" já cai por terra, afinal, isso não pode ser um motivo, mesmo porque, o mundo está virando um local bastante insalubre para a vida.
Também imagino que isso é um motivo bastante egoísta, assim como "alguém para te fazer companhia" ou "cuidar de você na velhice".

O segundo grupo é patético!
Típicos classe média cujas "opções" de vida nunca foram opções.
São engenheiros, advogados ou médicos (e demais profissões de "gente séria e responsável"), que casam mal, tem filhos, cuidam dos seus carrinhos polidos, vão pra resorts e fazem cruzeiros pra terceira idade (todo cruzeiro é pra terceira idade - não a física, mas a mental mesmo) e tudo mais o que uma vida boring reserva.

De fato, minha infância foi ótima (da época que viver na rua, tomar água de torneira, andar de carrinho de rolimã e chupar cana não era "crime") e adoro minha família.
Nada que o "psicologismo de botequim" possa simploriamente explicar.

Nessa terra da ditadura infantil é quase inaceitável optar por não procriar.
E não gostar de criança mais ainda.

É absolutamente ilógico, irracional mesmo, a afirmação "gostar de criança" da mesma maneira que "gostar de adulto". Existem pessoas que você tem empatia e outras não. Fim.

Mas confeço que essas coisinhas remelentas não fazem a minha cabeça mesmo.
Pra mim elas fazem parte do mesmo grupo dos cachorros: barulhentos, mal cheirosos e sempre cagando (defecando é abominável, convenhamos), mijando (urinando então, nem vou falar) ou qualquer outra coisa nojenta.

Não entendo nada do que elas dizem e muito menos o que os baba ovos querem mostrar quando ficam no "tchuqui, tchuqui".

Mas a unanimidade ainda não é total, aliás, parece estar perdendo força.
Vários casais amigos estão se curtindo sem essa necessidade bizarra.
Existem hotéis na europa que não permitem crianças.
Aliás, aqui na "terra do nunca" (não é a do Peter Pan, é a do 'nunca' diga 'não' aos retardadinhos), já existem várias pousadas que não aceitam crianças!

Por fim, todo desgraçado parace que quer te amaldiçoar também.
Deviam ver o filme Idiocracy...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Enfim só

A patroa foi viajar!
Ahá, bebidas, sexo, dançarinas exóticas, drogas (fanta uva e BigMac), bacanal...
Zzzzzzzzz... flip, virando a página da fantasia (delas)... silêncio, descanço aos ouvidos.

Uma ponta de cíumes todos temos, é algo natural. 
Mas sabemos que ninguém é propriedade de ninguém.
A máxima aqui em casa é: seja lá o que for fazer use camisinha e volte bem pra casa.
Rauzito já escrevia em "A Maçã"...

Admito, aqui escondido nesse meio "totalmente privado", que ela já me ofereceu até uma prostituta de presente.
Disse que aceitaria se ela brincasse comigo também.
Mas a preguiça falou mais alto. Ahahaha... caramba acho que tô ficando velho mesmo!

Bom, vai ver ela descobriu o segredo de eu querer comer apenas ela: não proibir nada.
Como se alguém pudesse...

Mas sozinho aqui no micro (mais jogando do que na net) lembrei do filme Into the Night com a Michelle Pfeifer e o Jeff Goldblum (tô com preguiça de pesquisar se é assim mesmo que se escreve) quando depois de descobrir estar sendo traído, vai se consolar com um amigo que diz que vai ajudá-lo levando-o a umas "meninas que fazem de tudo".
Ele pergunta ao amigo dele: "De tudo mesmo? Tudo? Até conversar?"

Aliás a trilha sonora é ótima! Mr. Riley B. King! Ops, mas isso é outra história...

Lembrei também de um "Profissão Repórter" do Caco Barcelos, onde o pessoal dele vive o dia a dia de alguns GP's.
Numa parte eles ficam o dia todo com um traveco acompanhando seu dia e sua noite.
Uma noite eles vão com o sujeito até a casa de um cliente e o aguardam por uma hora e pouco. Ela volta ao carro e diz a eles: "Desculpa, quando tenho que jantar demoro mais."
O "jantar" era somente um jantar. Nada mais.

Também vou contar o que se passou num puteiro numa despedida de solteiro que fui.
Risadas, meninas até engraçadas e muita conversa... sim, pasmem, várias mesas com caras namorando com as moças. Só. Fim.

As mulheres são meio surdas por natureza, umas mais que outras. Reclamam que não gostamos de conversar mas não sabem ouvir. 
Aliás como elas respiram entre as oito milhões de palavras por minuto?
Ah! O Tico cuida da respiração e o Teco das cordas vocais.
Aháháhá! Foi mal meninas.

Apesar de termos poucas palavras (sim é coisa de homem, macho do sexo masculino, assim como NÃO gostar de viajar, se não seríamos todos o Zeca Camargo ou o Cristiano Ronaldo) gostamos de ser ouvidos.

No mais, já que faz parte do assunto, sempre achei estranho a história dos "caras que comem todo mundo" e das "mulheres que não dão pra ninguém". Uma questão aritmética. Algo não bate.

Novamente, os "personagens" que essas pessoas assumem tornam a vida insuportável.
Acaba sendo necessário pagar pra ser ouvido e depois, pra manter o "personagem", dizer aos amigos que foi "uma coisa de louco".
De fato, é uma coisa de louco, mas bem mais doentio do que desregrado.

Por fim, vi (perplexo) milhares de adolescentes gritanto por um tal Justin qualquer coisa... já que elas serão as futuras progenitoras, não me parece que o mundo tenha alguma chance de melhora.

Como fui parar em tudo isso?
Não tenho a menor idéia.
Acho que foi por iniciar imaginando o que as mulheres pensam que os homens fazem sozinhos...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Continuando com as besteira...

Quem já foi a alguma academia ou ouviu "bons" conselhos até mesmo de profissionais, certamente acha que correr (aeróbicos em geral) emagrece.
Olha, a afirmação é de verdade muito precária.
Correr queima algumas calorias é verdade, mas tão poucas que não compensa os efeitos colaterais.

Efeitos colaterais numa corrida?!
Sim, vários.
Apenas começo com problemas articulares e envelhecimento precoce.
Todo corredor tem cara de velho e parece uma múmia egípcia com ansiedade generalizada.

Envelhecimento precoce?!
Sim queridos, o O² é tóxico apesar de essencial para nós. Bacana não?!

Os aeróbicos beneficiam o sistema cardiovascular, mas pode-se aproveitar esse benefício andando rápido e sem exagero.

Manter o peso sob controle requer dieta adequada e exercícios com sobrepeso (MUSCULAÇÃO).
Dieta adequada não é restrição alimentar e nem maluquices exóticas, muito pelo contrário, é comer!
O prazer máximo dos animais (ainda fico me perguntando qual dos dois é melhor: sexo ou comida?) é uma boa forma de emagrecer.

Comer em intervalos regulares de 2 a 3 horas, reduzir os carboidratos e de preferência eliminar o que é "refinado" ou feito com "refinados".
E balela o papo que gordura faz mal.
Sem estresse, a "pizzinha" do fim de semana tá garantida!

A indústria alimentícia aliada à ideologia do trabalho cultivaram cuidadosamente esse bullshit.

Interessante que até as moradias hoje colaboram pra isso.
As cozinhas são minúsculas!
O local ancestral de confraternização e socialização foi erradicado das moradias.





Antes, depois...

...e não muito depois.

Ok, acha que é culto ao corpo, narcisismo, que sou patrocinado por alguma fábrica/loja de suplementos, etc? Vamos ao dia a dia!

Oma (Dona Maria Koprowski) com 82 anos numa cadeira de rodas...

... e dez anos depois de começar a "puxar ferro" (92 anos!!!) fazendo 100Kg no leg press.

Exercícios com sobrepesos são vitais para o envelhecimento, não apenas para a manutenção da massa óssea, mas para aumentar a força.
E força é equilíbrio. E equilíbrio é evitar quedas e consequentemente uma morte prematura numa cama.
Mas beleza, seu médico gordo, sedentário, estressado e infeliz disse que musculação faz mal.
Ok, tudo é uma questão de fé.