domingo, 30 de abril de 2017

Mais um dia, mais empobrecimento

Sou um velho headbanger, mas nem por isso deixo de gostar (e seria absurdo) de outras grandes vertentes da música personificados pelos seus maiores expoentes.



Faz um tempo que acompanho a trajetória rumo ao esquecimento do Belchior. Os rumores, as lendas, os julgamentos recheados de moralismo e lugar comum.

A simplificação dos boçais resume tudo a dinheiro e o quanto se ama o que faz, como se houvesse uma maneira de viver, um ou outro interesse patético e alguém se resumisse a sua profissão.

É o sumiço estratégico. De autopreservação. Até mesmo, porque não, da preservação dos bons conhecidos congelados num momento histórico, pois nada melhor para não se decepcionar e perder um bom amigo do que não descobrir que ele virou um boçal como todos os que você odeia... a unanimidade de Nelson Rodrigues.

Nietzsche, Schopenhauer, Heidegger, Sócrates e outras tantas trajetórias brilhantes rumaram ao auto-exílio... totalmente compreensível.
Quando se alia informação, inteligência e sensibilidade a angústia crônica é inevitável.

Eu não sou tão bom em nada, mas sou também apenas um rapaz latino americano.



O Belchior que a crítica vulgar não viu



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